"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para, um dia, plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos e não, simplesmente, como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos e simplesmente ir ver”. Amyr Klink

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

EXPEDIÇÃO RAPA NUI - VULCÃO RANO RARAKU

O vulcão Rano Raraku fica bem longe de Hanga Roa e é impossível ir a pé. Pensamos na possibilidade de alugar um carro, mas o nosso hotel nos ofereceu um passeio de dia inteiro, que incluía o vulcão e outros pontos da ilha dos quais falarei em breve. Ficava mais em conta o passeio, que também nos pouparia do estresse de procurar o caminho, já que a sinalização é precária por lá.

Um micro-ônibus foi nos buscar no hotel. A guia foi bastante simpática e seguimos com um grupo de, mais ou menos, 20 pessoas.

O engraçado foi que, dessas 20 pessoas que estavam no tour, umas 17 eram da galera da terceira idade! Hahahaha. Os senhorzinhos eram muito engraçados e perguntavam tudo. E haja pique dessa galera! Eles subiram a montanha de boa! Lógico que não foi uma subida tipo a que fizemos no Rano Kau, foi beeeeem mais curta, mas ainda assim, não era das mais fáceis.


Guia e ônibus

Diferente da cratera do Rano Kau, na cratera do Rano Raraku tem somente água da chuva. O povo Rapa Nui utilizava o local como reservatório de água durante a construção dos moais.


Cratera do vulcão Rano Raraku


Foi ali, no Rano Raraku, que eles, os moais, foram construídos. Por esse motivo, o local também é chamado de "Fábrica de moais" ou "Berçário de moais".

Existem moais em vários estágios de construção ali. Como era um ritual sagrado, se houvesse qualquer acidente durante a construção de um moai ou durante o seu transporte, ele era simplesmente abandonado e se iniciava a construção de um novo.


Moais em volta do Rano Raraku






A guia foi nos explicando que escavações recentes descobriram que os moais têm também os seus corpos, que foram escondidos pela terra, com o passar do tempo. O que vemos são somente os troncos. Em média, 6 metros de moai estão escondidos sob a terra.




Isso sem contar os moais que não chegaram a ser destacados da rocha. E são muitos!


Moai ainda preso à montanha

O vulcão é rodeado por moais. São muitos e de vários tamanhos. O lugar é muito legal e o tour já teria valido a pena só por este passeio!



 






quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

EXPEDIÇÃO RAPA NUI - ONDE COMEMOS

Como expliquei num post anterior, ficamos hospedados no Hotel Gen, em Santiago, por conta da LAN. Lá, o jantar também foi por conta deles.

No restaurante do hotel já tinha uma área reservada para a "Galera Benefício LAN". Não podíamos escolher muito onde sentar e nem o que comer. Era aquilo e pronto! Hahahaha. De graça até injeção na testa, né?

Nos serviram arroz, salada e uma carne. Ok, a carne estava muito boa...mas foi meio pobrinho.


"Jantar brinde" do hotel Gen.


Já na ilha, não estávamos com pique para procurar lugar para comer no primeiro dia. Jantamos refrigerante com bolacha. Miserabilidade máxima! Hahaha.

O centrinho de Hanga Roa se resume, basicamente, a uma rua. Não há muitas opções de restaurantes. Existem alguns a beira-mar, mas achamos bem carinhos.

Descobrimos, na rua principal mesmo, um restaurante bem pequeno, de uma tiazinha muito simpática. O restaurante Krava.





 Os pratos do dia custavam todos 5 mil pesos chilenos. A senhorinha mesmo que servia. Vinha acompanhado com arroz, salada e uma entrada, que era um pãozinho que nós vimos bastante no Chile e uma pimentinha.


Entrada


No primeiro dia, pedimos carne. Até agora não sabemos bem que carne era aquela, mas estava boa! Gostamos da comida e do preço, por isso resolvemos fazer todas as refeições lá.




 Resolvi pedir peixe no outro dia, afinal, estava na ilha de Páscoa, né?! Só não sabia que o peixe viria inteirinho! Hunf! Mas estava bommmmm!




quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

EXPEDIÇÃO RAPA NUI - VULCÃO RANO KAU

O vulcão Rano Kau é o vulcão mais próximo a Hanga Roa, única cidadezinha da ilha.

Ok, próximo. Só que o conceito de proximidade é bastante relativo. Quando a gente olhava para o vulcão lá da cidade, até parecia que era pertinho mesmo (e baixinho!). Só parecia! Hunf!

Depois do café da manhã do nosso segundo dia na ilha, fomos até a gerente do nosso hotel. Estávamos pensando em comprar um passeio até o vulcão, com guia e tudo. Custaria 20 mil pesos chilenos um passeio de 3 horas, aproximadamente.

Mas a gerente garantiu que era possível fazer isso a pé, que não era longe e que valeria a pena. Resolvemos seguir o conselho dela, que nos ensinou como chegar até a trilha.

Antes, passamos no centrinho para almoçar no restaurante de uma tiazinha bastante simpática - farei um post sobre o restaurante em breve - e também ao mercadinho, comprar suprimentos para o dia! Vai que a gente se perde no caminho, né?! Compramos água e bolacha e metemos o pé!

Com o mapinha do hotel, seguimos a pé até sair de Hanga Roa, passando pertinho de uma das cabeceiras do aeroporto. Não foi muito difícil achar o início da trilha, embora não tenha muitas placas neste começo. Pedimos informação para um morador.


Caidão antes da trilha




Entrada secreta para a trilha


Uma vez na trilha, ficou bastante fácil. O início dela é muito bem sinalizado e marcado com pedrinhas.






Seguindo em frente, não há mais marcações como no início e a trilha fica mais avacalhada, mas ainda assim é muito difícil se perder porque a mata não é muito fechada e o caminho fica bem visível, além das plaquinhas do tipo "você está aqui", que aparecem de tempos em tempos.



Você está aqui!


A subida não é muito íngreme, o que torna o percurso mais longo até o topo.




No caminho, passamos por dentro de 2 miniflorestas.
Graças a algum ser iluminado, havia na trilha 2 pontos de descanso, com banquinhos.
O primeiro, dentro dessa "florestinha", tinha uma vista linda. Ficamos lá uns 15 minutos antes de continuar a subida e foi onde paramos para comer quando fizemos o caminho de volta.



Florestinha



Visão do paraíso





Quanto mais subíamos, mais bonita era a vista lá longe. Certeza que o passeio de ônibus - tem uma estradinha não muito longe da trilha que permite o acesso de veículos - não teria a metade da beleza (e da graça!) que vimos indo pela trilha.



Hanga Roa láááááá embaixo



Quando eu já estava morreeeeendo de cansada e começando a ficar brava com a mulher do hotel (do tipo: "perto é a cara delaaaaaaa!!!"), avistamos o segundo ponto de descanso. Dessa vez, sem sombra nenhuma, muita mancada!



Mancada do dia.





Não ficamos muito ali. Queríamos mesmo é chegar logo! Continuamos a subida até avistar a melhor coisa daquele dia: uma cerquinha de madeira! Afff! Só faltava chegar lá e ter um aviso: Mais 10 km de subida! hehehehe. Graças a Deus não tinha plaquinha, era mesmo a cratera!






Cratera Rano Kau





O Rano Kau tem a maior cratera da ilha, com 1,6 km de diâmetro e é a única que tem água, vinda de um lençol freático, no seu interior. Não se sabe ao certo sua profundidade.







Voltamos a Hanga Roa só no finalzinho da tarde, a tempo de ver o pôr do sol lá de perto do hotel mesmo. E foi lindo, pra variar.








Sem dúvidas foi um dos melhores passeios que fizemos na ilha. Bastante cansativo, voltamos só o pó, mas valeu muito a pena!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

EXPEDIÇÃO RAPA NUI - AHU TAHAI: QUE PÔR DO SOL!!!

Assim que chegamos à Ilha, largamos nossas coisas no hotel e partimos para explorar o território.

Fomos ao centrinho, que é beeeeeeem pequeno e sem grandes atrações, tiramos umas fotos e fomos logo em direção ao Ahu Tahai, que é um famoso ponto de observação do pôr do sol, dizem que o melhor da ilha, além de ter um conjunto de moais muito show!

O nosso hotel está a uns 15 minutos de caminhada de lá, cortando caminho pelo centrinho. Mas sempre escolhíamos o caminho mais longo, beirando o mar. Muito mais bonito.




Isso, é claro, sem contar as plaquinhas que encontrávamos nesse caminho. Engraçadas e meio que assustadoras também.


What??


 Nem precisa dizer o quanto ficamos noiados com essas placas, né? Tipo...correr pra onde?! Enfim!

Chegamos lá cedo para o pôr do sol, que acontecia só por volta das 21:00, mas já havia gente por lá. O engraçado é que fica uma galera sentada na grama pra assistir, como se fosse um show mesmo (E é!!!)


Galera assistindo

Ahu Tahai


 E se eles parecem pequenos na foto, olha como o carinha aqui embaixo ficou perto dele!



Sentamos lá e ficamos atééé o sol começar a baixar e ir embora! Valeu a pena!







  
A volta pro hotel que era meio tensa. Como a iluminação pública se restringe ao centrinho e a alguns restaurantes e hotéis, voltamos no escurão. Só com uma lanterninha! Mas a vista, ainda assim, continuava linda!







Volta para o hotel: Eu e minha lanterninha recarregável!
Assistimos ao pôr do sol todos os dias e sempre era lindo!!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

EXPEDIÇÃO RAPA NUI - PRIMEIRA PARADA: SANTIAGO

Nossa viagem até a Ilha de Páscoa foi bastante cansativa.

Saímos de Londrina no dia 03/12 com destino a São Paulo - Guarulhos. Nosso voo para Santiago partiria só no dia seguinte, então tivemos que passar a noite lá.

Nosso plano inicial era despachar as bagagens e sair do aeroporto para passar o tempo. Infelizmente a senhorinha da TAM não deixou que fizéssemos isso. Assim, tivemos que ficar por lá mesmo.

Até que não foi tão ruim. Comemos no Spoleto e estacionamos no Starbucks, que disponibiliza Wifi grátis. Assistimos a alguns seriados e logo já estava na hora de fazer o check in.

Quase 5 horas após o embarque, estávamos em Santiago. Eram quase 13:00, horário local.
Lá, nossa missão era procurar o supervisor da TAM/LAN que nos encaminharia para o nosso hotel - a TAM cancelou nosso trecho Santiago - Ilha de Páscoa, marcando somente para o dia seguinte. Com isso, nos acomodaríam num hotel, por conta deles.

Porém...ao chegarmos a Santiago, nenhum funcionário da TAM/LAN sabia dessa reserva feita pela TAM - Londrina. Resultado: Foi um estresse! Já estávamos achando que ficaríamos lá no aeroporto, tipo...forever! hehe.

Até que uma funcionária da LAN resolveu nosso problema, horas depois, e fomos para o hotel. Acabou que conseguimos também o transfer  e o jantar por conta deles.

Nos colocaram no Hotel Gen, bem no centro de Santiago. ( http://www.hotelgen.cl/ )


Vista do nosso hotel


Vista do nosso hotel


Como o hotel fica bem no centrão de Santiago, há pontos positivos e pontos negativos. O legal é que ficamos perto de tudo e pudemos sair para passear a pé. O ruim é que os centros de cidades grandes nunca são muito legais fora do horário comercial. Fica tudo muito deserto. Além disso, havia ali próximo um centro de urgência. Muita gente na rua fazendo fila e muitos andarilhos também, mas nada disso foi problema.

Como tudo atrasou lá no aeroporto, só tivemos tempo de visitar o Cerro Santa Lucia antes do jantar no hotel.

O Cerro  (morro, em português) Santa Lucia tem 70 metros de altura. Fica bem no centrão de Santiago e lá de cima se tem uma vista muito bonita da cidade.

Foi lá onde a cidade de Santiago foi fundada e serviu de fortaleza durante um período de guerra, por ser um lugar estratégico.


Cerro Santa Lucia - Santiago



Fonte Neptuno - Cerro Santa Lucia



Subindo o cerro!



Vista da cidade



Vista da cidade