"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para, um dia, plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos e não, simplesmente, como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos e simplesmente ir ver”. Amyr Klink

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

EXPEDIÇÃO RAPA NUI - VULCÃO RANO KAU

O vulcão Rano Kau é o vulcão mais próximo a Hanga Roa, única cidadezinha da ilha.

Ok, próximo. Só que o conceito de proximidade é bastante relativo. Quando a gente olhava para o vulcão lá da cidade, até parecia que era pertinho mesmo (e baixinho!). Só parecia! Hunf!

Depois do café da manhã do nosso segundo dia na ilha, fomos até a gerente do nosso hotel. Estávamos pensando em comprar um passeio até o vulcão, com guia e tudo. Custaria 20 mil pesos chilenos um passeio de 3 horas, aproximadamente.

Mas a gerente garantiu que era possível fazer isso a pé, que não era longe e que valeria a pena. Resolvemos seguir o conselho dela, que nos ensinou como chegar até a trilha.

Antes, passamos no centrinho para almoçar no restaurante de uma tiazinha bastante simpática - farei um post sobre o restaurante em breve - e também ao mercadinho, comprar suprimentos para o dia! Vai que a gente se perde no caminho, né?! Compramos água e bolacha e metemos o pé!

Com o mapinha do hotel, seguimos a pé até sair de Hanga Roa, passando pertinho de uma das cabeceiras do aeroporto. Não foi muito difícil achar o início da trilha, embora não tenha muitas placas neste começo. Pedimos informação para um morador.


Caidão antes da trilha




Entrada secreta para a trilha


Uma vez na trilha, ficou bastante fácil. O início dela é muito bem sinalizado e marcado com pedrinhas.






Seguindo em frente, não há mais marcações como no início e a trilha fica mais avacalhada, mas ainda assim é muito difícil se perder porque a mata não é muito fechada e o caminho fica bem visível, além das plaquinhas do tipo "você está aqui", que aparecem de tempos em tempos.



Você está aqui!


A subida não é muito íngreme, o que torna o percurso mais longo até o topo.




No caminho, passamos por dentro de 2 miniflorestas.
Graças a algum ser iluminado, havia na trilha 2 pontos de descanso, com banquinhos.
O primeiro, dentro dessa "florestinha", tinha uma vista linda. Ficamos lá uns 15 minutos antes de continuar a subida e foi onde paramos para comer quando fizemos o caminho de volta.



Florestinha



Visão do paraíso





Quanto mais subíamos, mais bonita era a vista lá longe. Certeza que o passeio de ônibus - tem uma estradinha não muito longe da trilha que permite o acesso de veículos - não teria a metade da beleza (e da graça!) que vimos indo pela trilha.



Hanga Roa láááááá embaixo



Quando eu já estava morreeeeendo de cansada e começando a ficar brava com a mulher do hotel (do tipo: "perto é a cara delaaaaaaa!!!"), avistamos o segundo ponto de descanso. Dessa vez, sem sombra nenhuma, muita mancada!



Mancada do dia.





Não ficamos muito ali. Queríamos mesmo é chegar logo! Continuamos a subida até avistar a melhor coisa daquele dia: uma cerquinha de madeira! Afff! Só faltava chegar lá e ter um aviso: Mais 10 km de subida! hehehehe. Graças a Deus não tinha plaquinha, era mesmo a cratera!






Cratera Rano Kau





O Rano Kau tem a maior cratera da ilha, com 1,6 km de diâmetro e é a única que tem água, vinda de um lençol freático, no seu interior. Não se sabe ao certo sua profundidade.







Voltamos a Hanga Roa só no finalzinho da tarde, a tempo de ver o pôr do sol lá de perto do hotel mesmo. E foi lindo, pra variar.








Sem dúvidas foi um dos melhores passeios que fizemos na ilha. Bastante cansativo, voltamos só o pó, mas valeu muito a pena!

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